Todos nós estamos sujeitos a apresentar algum tipo de complicação pós-cirúrgica, e algumas vezes isso não será causado pela recuperação mal feita ou erros médicos. O seroma é umas das complicações que podem vir a acontecer, nele ocorre um acúmulo de líquido no tecido subcutâneo.
O seroma é composto por plasma sanguíneo e linfa e fica próximo a cicatriz. Algumas causas em especial podem desencadear o seroma, dentre elas estão:
- O não uso ou uso errado da cinta compressiva;
- Predisposição genética.
Os sintomas do seroma são:
- Inchaço local;
- Flutuação no local da cicatriz;
- Dor na região da cicatriz;
- Pele avermelhada;
- Aumento da temperatura ao redor da cicatriz;
- Liberação de líquido branco pela cicatriz.
O seroma pode acontecer em qualquer tipo de cirurgia. Entretanto, em cirurgias como redução de mama, retirada de mama em casos de câncer, cirurgias que necessitam de drenos, abdominoplastia, cesárea, procedimentos que provocam lesões em vários tecidos e pessoas com históricos anteriores de seroma tendem mais a ter essa complicação. Leia nosso post “Como prevenir Seromas e Fibroses após cirurgias plásticas”
Em alguns casos o corpo absorve o excesso de líquido, porém muitas vezes é preciso tratar o seroma. Caso não seja tratado e o acúmulo de líquido não seja removido, ele pode endurecer e formar um seroma encapsulado. Além de tudo isso, o seroma também pode infeccionar e formar abcessos na cicatriz, liberando pus.
A drenagem linfática ajuda e pode amenizar os riscos do seroma, como explicamos no post “Importância da drenagem linfática no pós operatório”.
O tratamento do seroma geralmente é através da punção. A punção consiste na aspiração do seroma com uma seringa e agulha para a retirada de todo o líquido. Se a área puncionada está temporariamente anestesiada (nos casos de lipo e abdominoplastia), o procedimento tende a ser indolor. Caso contrário, o médico aplicará a anestesia local antes de fazer a punção. Durante o tratamento o médico pode associar analgésicos e anti-inflamatórios de uso diário para ajudar a combater a dor causada pelo seroma.
É sempre bom manter o acompanhamento com o médico após a cirurgia, caso note alguma coisa estranha e diferente vá até o seu cirurgião para ver o que está acontecendo de errado. Todo o cuidado no pós-operatório é necessário para que as situações não se agravem, às vezes é inevitável que as complicações surjam mas é sempre possível não agravá-las.