Hoje em dia as cirurgias plásticas já alcançaram um alto grau de segurança, se comparadas a outras modalidades cirúrgicas. Mesmo assim é uma “cirurgia”, e como tal exige do paciente muita atenção nos cuidados pré e pós-operatório, pois sempre haverá riscos, por menores que sejam. E para minimizar esses riscos, exames são solicitados durante a consulta, como eletrocardiograma, hemograma, coagulograma, urina e glicemia. Se algum resultado não for o esperado, medidas de tratamento devem ser tomadas, para que a cirurgia ocorra conforme o planejado.
Mas afinal, um paciente com problemas cardíacos pode realizar uma cirurgia plástica?
A resposta para essa pergunta é de grande responsabilidade e não pode ser resumida em “Sim” ou “Não”
Um paciente com pressão alta, por exemplo, pode se submeter a uma abdominoplastia ou qualquer outro procedimento, desde que sua pressão esteja controlada com as medicações recomendadas pelo cardiologista.
Pressão alta ou Hipertensão arterial é uma doença crônica determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos.
Diferente de outras cirurgias emergenciais, a cirurgia plástica pode ser “esperada” e “planejada”. Um paciente com a apêndice inflamada não tem esse tempo de espera, precisa ser operado imediatamente independente do estado de sua pressão arterial, por isso seu risco de morte é maior, se comparado a intervenções plásticas.
Porém nem todo problema cardíaco se resume ao aumento da pressão arterial. O coração é um órgão importantíssimo para o funcionamento do corpo humano, é o órgão que bombeia sangue para o resto do corpo. E, infelizmente, muitas doenças podem acometer essa peça tão importante da engrenagem (corpo humano).
- Doença arterial coronariana (engloba o enfarte ou infarto);
- Alterações nos batimentos cardíacos (arritmias);
- Parada cardíaca;
- Doenças das válvulas cardíacas;
- Doenças cardíacas congênitas;
- Cardiomiopatias;
- Pericardite;
- Disfunções da aorta (síndrome de Marfan);
- Doenças vasculares.
As doenças cardiovasculares são mais comuns em indivíduos mais velhos e com histórico familiar. Contudo, isso não significa que pessoas mais jovens e sem histórico na família não possam apresentar estas patologias.
Um grande vilão da nossa saúde é a Arritmia Cardíaca. Muitas vezes, o paciente só descobre que tem arritmia quando realiza os exames que o cirurgião plástico solicita. Isso porque, muitas arritmias são assintomáticas. Os sintomas mais comuns da arritmia cardíaca são palpitações, desmaios, tonteiras, confusão mental, fraqueza, pressão baixa, dor no peito.
Algumas arritmias cardíacas são assintomáticas, ou seja, não provocam nenhum dos sintomas descritos acima. Nesses casos, podem desencadear uma parada cardíaca e levar à morte súbita, instantânea, inesperada, repentina e não acidental.
Existem arritmias cardíacas malignas e benignas. No entanto, após uma avaliação detalhada, que deve ser feita por um cardiologista, arritmologista ou eletrofisiologista, será determinada a necessidade ou não do tratamento.
Por tudo isso que te mostramos, os exames pré cirurgia são imprescindíveis. Dentre eles, o Eletrocardiograma e o Risco cirúrgico responderão se sua saúde permite ou não que você se submeta a tão esperada cirurgia plástica.