Quando nós “médicos” vamos realizar uma cirurgia plástica de rinoplastia, além da preocupação estética com a harmonia nasal, a gente tem que manter o nariz funcionante, sem que a paciente perca a qualidade respiratória. Para isso, a gente faz o que chamamos de “rinoplastia funcional estruturada” que tem o objetivo de manter o nariz com uma boa sustentação.
De nada adianta você reduzir o nariz e deixar a estrutura solta, com o tempo o nariz vai acabar colapsando, vai ficar mal definido e vai perder funcionalidade.
Ao analisar a figura abaixo, você percebe que as linhas dorsais precisam existir; o nariz não pode ser uma quilha, resumido a uma linha marcada no meio, é necessário que existam duas linhas dorsais, que são as linhas que dão harmonia e contorno ao nariz.
A ponta do nariz é outra preocupação – ela não deve ser muito marcada, não deve ser uma ponta fina demais no meio; geralmente existem dois pontos luminosos na ponta do nariz, que chamamos de Dommus.
A largura do nariz também é bastante levada em consideração numa rinoplastia – ela deve corresponder mais ou menos ao canto interno do olho.
A gente tenta suavizar o nariz, tirando o aspecto de giba, de dorso alto, abrir um pouco o ângulo entre boca e nariz (naso labial). Na mulher, esse ângulo é um pouco mais aberto, pode variar de 95° a 110°, dando um ar mais jovem, mais suave, ajuda a ressaltar o contorno do lábio superior. Principalmente as mulheres, é elegante ter uma transição entre o dorso e a ponta ter um leve break (supratip break), pra marcar a transição do dorso – ponta e harmonizar o contorno do nariz.
É importante frisar que isso são apenas padrões da cefalometria, não significa que tenhamos que fazer todos os narizes iguais, afinal cada paciente é diferente fisicamente um do outro “e com desejos diferentes” e tudo isso é levado em consideração.
Para isso, cada caso é analisado individualmente para que se consiga bons resultados estéticos e funcionais.