Uma dúvida que muitas mulheres têm sobre implantes mamários é se elas terão que trocá-los no futuro, se submetendo a uma nova cirurgia plástica.
Se essa também é sua dúvida, leia esse texto até o fim para que tenha os devidos esclarecimentos.
Se essa pergunta fosse feita há alguns anos atrás, talvez a resposta fosse simples e objetiva “__Sim, você deverá trocar seus implantes!”.
Mas, hoje, com a evolução tecnológica e com a quantidade de pesquisas e estudos a que temos acesso, a resposta é um pouco menos lógica “Talvez sim, talvez não”.
Você pode achar a resposta um pouco descomprometida, mas eu vou te explicar porque não podemos simplesmente afirmar se sim ou se não.
Todo implante tem validade, entretanto, cada vez mais são pensados e desenvolvidos para que o corpo humano se adapte e não haja contratura capsular com o passar do tempo.
Os implantes de poliuretano por exemplo, têm uma taxa de “rejeição” de 1% segundo publicação na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Esse percentual é considerado baixo e de grande evolução para os cirurgiões plásticos. Os implantes de PU permitem maior aderência, ou seja, grudam com mais facilidade (isso minimiza o risco de contratura capsular e de seroma). São perfeitos para casos em que há flacidez acentuada.
Quando você realiza uma cirurgia plástica para colocação de implante de silicone, você possivelmente é informada que futuramente deverá fazer acompanhamentos com ultrassom para avaliar a qualidade do implante e da mama.
Muitas pacientes usam implantes durante 15, 20 anos e na maior parte dos casos, a troca é movida por fins estéticos, como vontade de aumentar, diminuir ou corrigir flacidez, não por complicações.
Se você já tem implante nas mamas há algum tempo, seus exames de imagem estão bons e a sua prótese está íntegra “não tem indicação para uma troca”. A não ser, como dissemos, que tenha interesse em aumentar ou diminuir o volume.
O fato é que, independente de qual seja seu tipo de implante, com o passar do tempo aumenta o risco de contratura capsular, que é o que a paciente chama de rejeição. No quadro clínico de contratura, forma-se uma capsula ao redor da prótese que deixa a mama dura e pode causar dor.
“Risco”, não é uma afirmação de que algo acontecerá, mas é uma possibilidade.
Por isso, nossa orientação é que após 10 anos utilizando implantes nas mamas você realize ultrassonografia anualmente.
Estando o implante íntegro, você o mantém, se ele ou a mama apresentarem alguma alteração, seu médico avaliará a possibilidade de troca.