O parto cesariana ainda é preferência pela maioria das mulheres Brasileiras, e, embora o Ministério da Saúde faça algumas tentativas para diminuir a quantidade, na rede privada acontecem 85 cesárias a cada 100 nascimentos e na rede pública o número é um pouco menor, cerca de 60 cesáreas a cada 100 nascimentos.
Diversas iniciativas têm surgido para reduzir a alta taxa de cesáreas no país, que é a segunda maior do mundo, mas as mamães parecem preferir a cesariana, mesmo sabendo que precisarão de repouso, quarentena e muito cuidado com a cicatrização dos pontos.
O post de hoje, não é sobre “Certo ou Errado” – “Parto Normal ou Cesariana”, mas sobre os cuidado e complicações que uma cicatriz de Cesariana pode ter e como prevenir, bem como corrigir uma cicatriz mau sucedida.
O corte feito no abdômen para a saída do bebê mede entre 10 e 20 cm e fica acima dos pelos púbicos, onde o biquíni já consegue esconder. No momento do parto, são cortadas várias camadas – de pele, músculo, peritônio, até chegar à parede do útero.
Depois do nascimento, imediatamente, todo tecido cortado precisa ser suturado para que o organismo inicie o processo de cicatrização.
Claro que um pós-operatório correto, com repouso, boa alimentação, sem uso de cigarros nem consumo de bebidas alcoólicas são características importantes para a recuperação do tecido epitelial, mas sabemos também que existem fatores relacionados ao paciente (como raça, idade e estado nutricional) que podem influenciar no resultado estético.
O resultado de uma cicatriz de cesariana, na maioria das vezes é bom, mas, em alguns casos a cicatrização pode não evoluir como se gostaria e resultar numa cicatriz alargada, retraída, atrófica (afundada), discrômica (mais clara ou mais escura que a pele ao redor), hipertrófica ou com queloide.
Como dissemos, os cuidados no período de quarentena (pós-operatório) influenciarão no tempo e aspecto da cicatrização, mas a técnica cirúrgica utilizada também é um fator que pode influenciar nesse resultado.
A técnica cirúrgica utilizada durante a cirurgia, envolve desde a escolha do melhor local para a incisão e seu sentido em relação ao abdome, até o cuidado na manipulação dos tecidos e no fechamento da incisão; tudo isso influenciará o resultado estético e o prognóstico da cicatriz.
Pessoas negras e de origem asiática são predispostos a cicatrizes discrômicas, hipertróficas e com queloides enquanto que indivíduos de pele clara podem desenvolver cicatrizes alargadas e atróficas com mais facilidade.
Como cuidar da cicatriz no pós-operatório?
O processo de cicatrização pode levar até um ano, embora em poucas semanas o corte já esteja fechado, cicatrizado e você já tenha retomado toda sua correria diária.
Mas, cuidados básicos precisam ser adotados logo após a cirurgia de cesariana, como:
- Repouso;
- Cintas de compressão;
- Uso de pomadas e cremes específicos para cicatrização;
- Higiene diária com produtos apropriados;
- Evitar a exposição solar enquanto a cicatriz ainda estiver avermelhada.
Como reparar uma cicatriz atrófica?
Cicatrizes atróficas são bastante comuns entre processos de cicatrização; elas não dependem de fatores genéticos e acontecem por conta da perda de estruturas que dão apoio e firmeza à pele, como músculo e gordura, e deixam uma espécie de buraco (relevo) na pele. Costuma ser uma cicatriz bastante frequente nos casos de acne, cirurgia e acidentes.
Para reparar uma cicatriz atrófica o cirurgião plástico pode fazer uma cirurgia de correção de Cicatriz ou tentar realizar outras medidas necessárias para reverter o problema.
O tipo e resultado de tratamento adotados depende do nível da sua cicatriz e de como sua pele responde ao procedimento.
Existem muitas técnicas e muitos tratamentos, cirúrgicos e coadjuvante, que são indicados para cada tipo de caso.
Os resultados finais da cirurgia de correção de cicatriz podem levar vários meses para se tornarem aparentes e, em alguns casos, pode levar um ano para a cicatrizar completamente.